home mapa do site contato
 
» EMPRESA
» SERVIÇOS
» AERONAVES
» LOGÍSTICA
» FALE CONOSCO

HOME » EMPRESA » NOTÍCIAS E EVENTOS...

Matéria Especial
Voando para salvar

Publicação: Revista Emergência, dez/2007

Desde as guerras do século XIX o transporte aeronáutico tem sido um recurso importante no Atendimento Pré-Hospitalar.

Na mitologia grega, Ícaro ganha asas e estabelece o sonho do homem de voar. Na vida real, o homem idealizou este sonho nas aeronaves. Porém, muito antes desta invenção, a humanidade já necessitava deste meio de locomoção, especialmente para transportar feridos em curtos intervalos de tempo. O transporte de enfermos sempre existiu, de acordo com as características e meios disponíveis em cada momento. Entretanto, o primeiro tipo de transporte de feridos que se tem notícia, ocorreu nas guerras Napoleônicas.

O médico Barão Dominique Larrey sugeriu o a utilização de cavalos para puxar carruagem que resgatariam feridos até o local onde receberiam atendimento. Estes “veículos de emergência”, com a agilidade obtida pelo uso de bons cavalos, foram denominados “macas voadoras”, pois, de forma imaginária, voavam até o socorro.

Segundo o médico e coordenador da UNIAIR – Transporte Aeromédico da Unimed/RS -, Danilo Potenge Bueno, existem relatos históricos e transporte aeromédico feito por balões. Esses relatos afirmam que, em 1783, Pilatre de Rozier e Marques d’ Arlandes fizeram o primeiro vôo na altitude de 3.000 pés por 20 minutos, na França. O médico, major da Aeronáutica e ex-coordenador da UNIAIR, Cloer Vescia Alves, lembra, porém, que o resultado pode não ter sido o esperado. “Além de estar ao sabor do evento, cuja direção poderia ser imprevisível, não era oferecido qualquer tipo de amparo ao ferido durante o transporte”, salienta. Quase 100 anos mais tarde, a necessidade de transporte militar de feridos foi surgindo, onde, na Guerra Franco Prussiana, em 1870, foi amplamente utilizada a remoção e resgate aeromédico. O piloto de linha aérea e coordenador do curso de Pós-Graduação em Transporte Aeromédico da Universidade Estácio de Sá, Paulo Henrique Mendonça Rodrigues, comenta o avanço alcançado na Guerra do Franco Prusiana “cerca de 160 soldados feridos foram evacuados por balões de ar quente quando a Prússia cercou Paris”.

Já na I Guerra Mundial surgiram os primeiros modelos de aeronaves para transporte aeromédico. Eram rudimentares, despressurizadas, com sistema de rede de oxigênio suplementar, em monomotores com velocidade média de 150 Km/hora. A II Grande Guerra novamente impulsionou a necessidade de transporte rápido de feridos. Alemães e americanos adaptaram aeronaves militares de transporte para ambulâncias aéreas com macas apropriadas, sistema de aspiração e oxigênio, medicações e com presença dos profissionais de saúde para atendimento.

Entretanto, foi nas guerras da Coréia e do Vietnã, que a modalidade se firmou como uma das melhores opções de atendimento rápido. “Foram nessas ocasiões que se comprovou que era o melhor método de transporte de feridos, com excelentes resultados tanto no momento da remoção quanto em nível intra-hospitalar, pela diminuição da mortalidade e melhora da sobrevida, salienta Danilo Bueno. Alves concorda. “O emprego de helicópteros na Guerra da Coréia, em 1950, foi decisivo para a afirmação de conceitos relacionados aos benefícios do transporte aeromédico, tendo sido transportados cerca de 25 mil feridos”, afirma. O emprego de helicópteros reduziu o intervalo de tempo  para o tratamento médico definitivo de 12 a 24 horas na Primeira Guerra, de 6 a  12 horas durante a Segunda Guerra, para 2 a 4 horas durante a Guerra da Coréia e para 30 minutos na Guerra do Vietnã. “Nos EUA, após a publicação de trabalho médico em 1966, se começou a verificar se a experiência militar poderia ser utilizada no setor civil “, explica Rodrigues.

  PRÓXIMA
 
Tópicos da matéria
1. Voando para salvar 6. Protocolos
2. Moderno 7. Fisiologia
3. Modelos 8. O serviço pelo mundo
4. Comum 9. Perfil
5. Diário de Bordo 10. Desenvolvimento

[voltar]

Todos os direitos reservados ® Helimed 2008